quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Osteoporose

A mulher na menopausa sofre alterações hormonais significativas, com um défice hormonal importante, sobretudo em estrogéneos.

Esta carência em estrogéneos conduz a uma perda de massa óssea e consequentemente à osteoporose.

A osteoporose desenvolve-se de forma silenciosa e é a ocorrência de uma fractura que na maior parte dos casos revela a doença. Por isso, a osteoporose ainda continua a ser uma doença insuficientemente detectada, sendo o número real de mulheres com osteoporose superior aos casos diagnosticados.


Hoje em dia, estima-se que uma em cada três mulheres após os 50 anos de idade sofrerá uma fractura osteoporótica, enquanto que uma mulher em cada doze será afectada pelo cancro da mama ao longo da sua vida.


A osteoporose, hoje em dia, pode ser detectada, prevenida e tratada.

Com o aumento da esperança média de vida, observa-se um aumento dos casos de fracturas osteoporóticas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou a osteoporose como um dos principais problemas de saúde dos nossos tempos.

O osso é um tecido vivo que está em constante remodelação e o esqueleto é renovado várias vezes ao longo da nossa vida. a

massa óssea atinge o seu pico máximo por volta dos 25 anos de idade. Este nível de massa óssea mantém-se durante cerca de uma

dezena de anos e depois segue-se uma inevitável perda de massa progressiva e moderada.Após a menopausa está perda de massa óssea acelera significativamente devido ao défice hormonal. Quando a massa óssea diminui abaixo de um certo nível, fala-se em osteoporose.

A osteoporose é uma doença de esqueleto que representa uma diminuição do tecido ósseo e altera progressivamente a estrutura dos ossos. Estes tornam-se "porosos"e, consequentemente, mais frágeis. Assim as fracturas surgem mais facilmente.

Quais os factores de risco para a osteoporose?

  • Idade superior a 65 anos
  • Menopausa precoce ( antes dos 40 anos)
  • Menopausa após cirurgia ginecológica (remoção dos ovários)
  • Ausência prolongada da menstruação ( superior a 12 meses, excepto na gravidez)
  • História pessoal de fracturas (ancas, vértebras e punho)
  • História de fracturas osteoporóticas nas mulheres da sua família
  • Magreza excessiva ou problemas do comportamento alimentar
  • Ingestão de cálcio insuficiente (alimentação pouco variada, baixo consumo de produtos lácteos)
  • Actividade física reduzida
  • Consumo elevado de álcool e tabaco
  • Tratamento prolongado com cortisona (Corticóides)
  • Problemas do funcionamento da tiróide
  • Tendência frequente para quedas
  • Imobilização prolongada

Qual é a gravidade do achatamento das vértebras?

O achatamento das vértebras corresponde a uma verdadeira fractura das vértebras que não é reparável. O achatamento das vértebras pode ocorrer sem muitas dores e ser confundido com as habituais dores de coluna da espondilose, ou pode surgir com dores intensas e incapacitantes.

A fractura vertebral surge frequentemente após um esforço moderado, um falso movimento ou após uma simples queda.

A melhor forma de evitar estas dores é prevenir a fractura vertebral, prevenindo a perda de massa óssea.

Raramente se fractura uma só vértebra, e a longo prazo os achatamentos sucessivos de várias vértebras diminuem a qualidade de vida, pois provocam dores , perda de altura, corcunda e, consequentemente, dificultam a realização das tarefas do dia-a-dia.
Nos casos mais graves interferem coma marcha e conduzem mesmo à imobilidade.

Como avaliar a massa óssea?

A massa óssea pode ser medida indirectamente pela avaliação da densidade óssea, através de um exame vulgarmente chamada de densitometria óssea. Este exame ajudará a fazer o diagnóstico da osteoporótica. Este método avalia o conteúdo em minerais do osso que são responsáveis por uma grande parte da solidez do osso.

Uma densidade mineral óssea baixa implica então uma maior fragilidade do osso.

O seu médico decidirá se a realização de uma densitometria óssea está indicada no seu caso.

A densitometria óssea é simples, não dolorosa e rápida.


Que tipo de alimentação fazer?

A alimentação, em especial o cálcio, tem um papel importante na manutenção da masa óssea. O cálcio fornece ao osso a sua força e solidez, pelo que é necessário ingerir cálcio em quantidades suficientes.

Os produtos lácteos (leite, queijo, iogurte...) são as melhores fontes de cálcio, bem como algumas águas minerais.


Convém também não esquecer a ingestão de proteínas (carne, peixe..) que também têm um papel na manutenção da integridade do osso.

A ingestão de cálcio é muito importante para manter os ossos sólidos, mas por si só, o cálcio não é suficiente para prevenir a osteoporose

O ideal após a menopausa seria consumir 3 a 4 produtos lácteos por dia.


Qual é o papel da vitamina D?


A vitamina D não é como as outras vitaminas, pois não é obtida através da alimentação.A vitamina D é principalmente sintetizada na pele por efeitos dos raios solares. A vitamina D permite aumentar a absorção do cálcio pelo intestino e favorecer a mineralização do osso.

Os alimentos ricos em vitaminas D são poucos. A vitamina D encontra-se principalmente nos óleos de peixe, na sardinha, no salmão, no arenque, na gema de ovo, na manteiga e no queijo.


A maneira mais simples de sintetizar a vitamina D é através da exposição solar. É suficiente estar ao sol uma hora por dia para prevenir a carência de vitamina D.

Em alguns casos o seu médico pode propor um suplemento em cálcio e vitamina D.

Qual o benefício da actividade física?

Na osteoporose os ossos estão frágeis que se podem partir sem grande trauma. Cair ao nível do solo pode ser suficiente.
Reforçar o seu capital ósseo (para evitar que a fragilidade do osso aumente ao longo do tempo) e evitar as quedas permite prevenir a osteoporose e as fracturas osteoporóticas,

O exercício físico é importante para a prevenção da osteoporose e das fracturas osteoporóticas.

As actividades físicas mais indicadas para prevenir a perda de massa óssea são os desportos ditos " em carga"(aqueles que nos obrigam a suportar o peso do nosso corpo). Para manter os nossos mais robustos, a prática de uma actividade física regular é indespensável.

Que tipos de actividades física privilegiar?

A marcha (caminhada) é uma boa maneira de lutar contra a osteoporose.
A marcha é acessível a quase toda a população.
Entre as pessoas idosas, aquelas que fazem marcha regularmente, ao fim de algum tempo, têm menos risco de fractura do que as outras. Para reforçar o osso é necessário fazer marcha frequentemente, durante o maior tempo possível e no ritmo mais rápido possível. Se estiver doente ou com cansaço fácil deve abrandar a marcha.
A natação não é uma actividade física adequada para manter a sua massa óssea. Na água suportamos uma pequena parte do peso do nosso corpo. Mas por outro lado, o exercício na água ( nomeadamente após uma fractura vertebral, pode permitir aliviar dores , manter a força muscular, ganhar flexibilidade e corrigir posturas incorrectas da coluna.

Para além de se sentir melhor consigo própria, a prática de uma actividade física regular permite manter a sua força, a sua resistência ao esforço, a sua flexibilidade e a sua musculatura, e ainda conservar os seus reflexos, contribuindo para evitar as quedas.
joelhos para apanhar um objecto e transportá-lo junto ao corpo. Evite carregar objectos muito pesados.

Pratique exercício físico. Sinta-se bem!

Tratamento medicamentoso para a osteoporose

Quando assim o entender, o seu médico pode propor-lhe tratamentos eficazes para a osteoporose.

A osteoporose, hoje em dia, pode ser detectada, prevenida e tratada.

Fonte: Guia do doente- Osteoporose

2 comentários:

Anónimo disse...

Belo Artigo! Numa linguagem simples e acessível.
Parabéns pelo blogue

José Soares disse...

O rastreio da osteoporose é agora possível realizar-se duma forma simples e não-invasiva por meio de ultra-sons no calcanhar.
Diariamente em Lisboa, na Rua Tomás Ribeiro 71 (Picoas) a Clínica Ecco Salva realiza densitometrias ósseas a baixo custo,sendo os pacientes referenciados para uma consulta médica somente em caso de necessidade.

X

Tratar Saúde

Receba no seu e-mail dicas de saúde

Subscreva a newsletter gratuita.